quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Medo

“Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar…” (…) Trecho de Pais e filhos maridos e esposas II

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estranho Perto e Longe

Vivo assim, sem realidade, perdido no espaço
Perto de ti, longe do seu abraço
Apenas construo pensamentos automáticos
Objeto do fruto que busco alcançar
Generalizando os planos que fluem na alma
Escapando para os papéis
Lápis sendo desfragmentado pelo apontador, apago,
Escrevo, penso e reescrevo
Coordeno as frases com palavras rimadas
Ensaio roteiros buscando a sequência preferida
Olho ao longe no horizonte amarelo, a tarde cai
Eu escureço perdido em nevoas
E é, protejo-me num escudo abrigando-me em tua face
Aprisionado em seus olhos
Diferentes são as distâncias, enormes como espaço irreal
Avalio a idéia de estar só, interpreto-a de estar junto
Pode a distância ser assim? Privando-me da riqueza de sua pessoa

Você provoca dor

Sei que agora não penso em chorar,
Chorar por não ter você aqui
Derramar lágrimas enquanto tu vive cheia de alegria
Sei que as vezes num descuido pego-me pensando em você
Que tu não podes atormentardes-me assim
Levando-me a loucura e ao medo
Medo de cometer os mesmos erros de antes
Não, não posso querer-te deste jeito
Você mesma viu o quanto de dor provocastes
Procures outra saida para ti, por que estou tentando fugir
Fugir de você, fugir do seu cheiro, do sabor de seu beijo
Do aconchego do seu corpo
Se tu consegues ver adiante de que seus olhos podem ver
veja minha dor, sinta o gosto amargo, a raiva
Que esta se transformando em ódio
E a saudade que se transforma na mais plena e injusta magoa
Se pudesse te esqueceria agora, te expulsaria de meus desejos
E dos sonhos que sonhei para nos.

Amor fonte eterna de inspiração.

Como seria tocar sua pele, acariciar seu rosto e seus cabelos
Caminhar contigo sob a lua cheia de mãos dadas
Sentar-se no banco da praça e ver a vida passar
Desfrutar de sua companhia e de seu doce perfume
Arrepiar sua pele com um toque suave dos lábios
Beijar sua boca debaixo do céu estrelado
Pois sua presença é um fogo que queima, é fruto saboroso do pecado
É brilho dos olhos ardentes do amor
Frio e calor em uma noite de prazeres
Despertar de desejos jamais realizados
É envolver nos braços da pura paixão

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Falsa esperança

Ainda mesmo colocando você contra a parede
Não respeitou-me, coração ingrato
Pois foi se apaixonar, por quem não devia
E sofre nos dois agora na noite fria
E a falta de amor deixa tudo nublado
Relembre o amor e só saudade resta
Deixe as lembranças de lado, coração ingrato
Já se pode duvidar de ti, onde vai?
Nem pense em me deixar aqui sozinho
É tão grande esse sentimento ruim
Amor incondicional, irreal, sem esperar
Recordo abandonado sem sair do lugar
Onde só a mente perturba, causa insônia
E trazes lágrimas ardentes de tristeza
Preciso ter de volta minha alegria, meu valor
Tu pensas que sou um qualquer sem sentimento
E eu não consigo ter esperança no amor de forma alguma
Mas ele virá de um deserto, ou como um rio que caminha para o mar.

sábado, 23 de outubro de 2010

Saudade

Sinto que derepente uma angustia sufoca-me
A garganta seca, a voz falta
Cego, a luz do dia não vês
Mudo, aos ouvidos alheios
Uma imagem desfocada
Quem sou eu?
Quem sou que meus pés não deixam pegadas
Quem sou eu sem sombra e forma
Sem perfume e odores
Sou agua que não mata a sede
Pão que não alimenta
Sou riso que não alegra
Sou a dor mais sofrida
A lagrima mais dolorida
Ferida aberta recente
Sabes quem sou?

Me fale ou me deixe

De repente começo a pensar do que sou feito, o que tenho feito
Se realmente posso fazer parte de uma vida, uma razão
Pensando bem, até sem ofender-te será que é valido?
Pode-se passar a mesma dor, o mesmo sentimento
E quando tu esta sorrindo? Não pensa em mim?
E vais e volta, e o meio do caminho, onde esta?
Com quem ficam as dores, os falsos amores?
Meu? Seu? ...
Se disser que amas, ama quem? Quem esta contigo 
Ou quem fica ausente, presente, passado
E o recado? guarda ou jogo ao fogo para ser consumido?
Recordação pode ate ser uma coisa boa, mas para quem recebe não
Ela fica ali admirando a gente e diz, onde esta quem te ofertou
Onde esta quem dirigiu tais palavras amáveis?
Abandonou-te a própria sorte, e dizer que gosta de minha presença
Que queres meu carinho? Se o queres por que não esta ao meu lado.
Me fale ...ou me deixe...