Quando beijei-te provei
do puro veneno
De olhos fechados não
pude perceber suas presas
Penetrando
vagarosamente em minha lingua
Deixando espalhar o
gosto amargo do fruto proibido
Despiu-se totalmente da
dor e da agonia
E o silencio sem nenhum
lamento
Dos seus atos e gestos
maldosos o coração parou
E se fez trevas da luz
dos olhos que se acabou
O que voce ve agora?
Um corpo ressecado como
um deserto arenoso
Seca a boca, cria
rachaduras na lingua
E mesmo assim deste
fruto proibido continuo a provar.